sábado, novembro 29, 2008

Alberto Sampaio: Exemplo para os Meus Alunos

Em 2007-2008 numa das nossas idas à Biblioteca Municipal, no âmbito do "Projecto: Leitura" - a preocupação de formar leitores e escritores é básica para qualquer professor e escola mas, enfim!, hoje em dia muito leva a parecer que talvez assim não seja - tomámos conhecimento das Comemorações do Centenário da Morte de Alberto Sampaio, ou melhor, das diversas actividades que o seu programa iria proporcionar.

Para quem desconheça e não saiba - não se preocupe se for esse o seu caso pois é o de muitos outros portugueses e até mesmo famalicenses - Alberto Sampaio foi um ilustre historiador, filho de boas famílias, como era costume dizer-se, que viveu na Casa da Boamense, na freguesia de Cabeçudos, durante o Século XIX. Sem dúvida nosso vizinho, aqui mesmo da porta ao lado.

Se hoje a poucos permite viver de tal actividade exclusivamente, naquele tempo, ser historiador, por si só, muito menos o permitiria pelo que o "menino Alberto" aproveitaria para se dedicar de corpo e alma à produção de boas cepas de vinho em terras herdadas da família. Tal facto granjeou-lhe também notoriedade através de diversos prémios recebidos.

Assim, acabámos por tomar parte em diversas actividades promovidas pela Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco com o objectivo de dar a conhecer este vulto das nossas letras, próximo de diversos outros grandes intelectuais da designada Geração de 70, de que Antero de Quental seria apenas a face mais visível pela profunda amizade que os ligou, tão importante na oposição às políticas da época e com significativa influência no desenrolar de políticas futuras.

Além de fazer parte do património cultural e intelectual do nosso concelho, o que só por si faria dele um autêntico ícone famalicense a ser mais profundamente trabalhado nas escolas, o "menino Alberto" possui ainda em si uma imagem de lutador e vencedor, tão importante a ser mostrada como exemplo a seguir pelas gerações mais novas.

Com efeito, Alberto Sampaio viveu a sua vida sempre à procura de um caminho que era o seu. Não que ele lhe estivesse atribuído a título de destino mas antes como um caminho que se faz caminhando, paráfrase de ideias bem conhecidas de muitos dos leitores. Nesse sentido, arriscou mudar de profissão várias vezes ao longo da sua vida sempre em busca de algo que melhor o realizasse e lhe permitisse ser feliz, nunca se deixando derrotar pelas adversidades e escolhos que surgem na vida de todos nós, factor este que julgo ser crucial os alunos apreenderem, o que conseguiram, disso estou bem certo.
Mais a mais utilizando formas didácticas aparentemente informais, tais como leituras em horas do conto, teatro de fantoches, jogos cujos resultados foram bem visíveis no ano anterior mas ainda são e se manterão por muitos anos na memória daqueles que nas diversas actividades participaram.

Pedro Costa (professor)

1 comentário:

  1. que lindo, escreves bem sr. prof. espero que continue a dar alegria ao blog




    assinado Cátia

    ResponderEliminar