Quando não iam à escola, ficavam a brincar felizes e despreocupados no campo.
Ao escurecer, voltavam cansados e satisfeitos.
Em casa esperava-os a sua avozinha, que lhes preparava grandes bolos com natas e morangos.
Em casa esperava-os a sua avozinha, que lhes preparava grandes bolos com natas e morangos.
Um dia, Cícero, o mais pequeno, propôs: «Agora que já somos grandes, podemos construir uma casa só para nós e viver sozinhos! Cada um construirá a sua, a seu gosto.
Cícero não se queria cansar muito, pelo que considerou que bastariam uns tantos ramos e um pouco de palha entrançada para construir uma cabaninha fresca e confortável.
Heitor, pelo contrário, pensou que uma cabana de madeira seria suficientemente confortável e resistente e que não teria de trabalhar demasiado para a construir.
Prático queria uma casinha como a da avózinha. Por isso, carregou o carrinho de mão várias vezes com tijolos e cimento e pôs-se a trabalhar com muito afinco.
- Assim estarei resguardado do lobo, que de vez em quando sai do bosque.
De facto, veio o lobo e bateu na casinha de palha:
Truz! Truz! Truz!
- Quem é? – perguntou a avozinha do Cícero.
– Um amigo... abre! - respondeu o lobo lambendo-se.
- Não! És o lobo mau e não te vou abrir a porta!
- Ai sim?! – Rosnou o lobo rangendo os dentes.
- Vê então como abro a tua porta! – E de um sopro varreu a cabaninha fazendo rolar para bem longe o porquinho.
Enquanto Cícero escapava, o lobo foi bater à porta do Heitor:
- Abre, não te farei mal!
Heitor também não quis abrir, mas um par de sopros foram suficientes para destruir a sua casinha.
Muito esfomeado, o lobo bateu à porta da casa do Prático.
- Vai-te embora, lobão! – Respondeu-lhe o porquinho. Desta vez, o lobo soprou e soprou muitas vezes, mas a casinha, construída com cimento e tijolos era demasiado sólida até para ele.
Por fim, o lobo mau ficou sem forças. Aborrecido, levantou o punho, ameaçando:
- Por agora, deixo-te... mas depressa voltarei!
E vou-te comer de uma só vez.
Quando se fez noite o lobo voltou. Prático ouvi-o a trepar pelo algeroz para subir até ao telhado da casa.
Enquanto se metia pela chaminé, o lobo lambia-se já pensando no jantar à base de porquinho assado.
Mas Prático, que tinha uma panela de sopa ao lume, atiçou a chama com toda a lenha que tinha.
O lobo já estava a meio caminho quando começou a cheirar a queimado: era a sua cauda que começava a chamuscar!
Saiu pela chaminé e desapareceu uivando.
No dia seguinte, enquanto o pobre lobo, com a cauda entre as patas, continuava a fugir para o mais longe possível, a povoação celebrava a valentia do porquinho sábio e o retorno à tranquilidade.
Rui
Muito bem, Rui! Mais uma vez "Parabéns" pela tua participação. Como já tenho dito, tens sido um dos membros mais activos da nossa turma a publicar e a comentar, em especial a partir de casa, o que mostra o teu interesse e gosto.
ResponderEliminarDesta vez, introduziste inovação no nosso blogue, ao partilhar com os teus amigos aquela que será, certamente, uma das histórias tradicionais tuas preferidas, mais a mais desde já colocando imagens.
Deduzo, aliás, que tenhas tido ajuda para o fazer, o que também é excelente, sinal que aqueles que te rodeiam gostam de ti.
Ainda assim, vou sugerir-te o seguinte, ou melhor, as seguintes duas notazinhas:
1. Em próxima oportunidade reescreve tu mesmo a história por palavras tuas e publica-a; e
2. Coloca na tua postagem dados sobre o sítio ou o livro de onde retiraste o texto e as imagens.
Um grande abraço do teu professor e votos de continuação de um bom fim-de-semana
Pedro Costa, Professor